EM CONVERSA COM A EMPREENDEDORA ALIMA NAPIDO, Fundadora da EMPRESA NADIH (empresa de produção e processamento de frangos de Manica)
SBNMOZ: Por favor, apresente-se, partilhe as suas ideias sobre a sua empresa e diga-nos qual foi a inspiração por detrás da criação desta empresa.
Alima Napido (AN): O meu nome é Alima Napido. O meu investimento é no setor das aves de capoeira. Decidi criar esta empresa depois de perceber que muitas pessoas não tinham acesso a frango e queria garantir esse acesso. Além disso, notei que pessoas com frango inteiro enfrentavam problemas de conservação, então decidi vender pedaços de frango para que pudessem consumir o suficiente para um dia sem desperdícios.
SBNMOZ: Como é que se tornou membro da SBNMOZ?
AN: Tornei-me membro da SBN em 2015, durante um curso de formação sobre mercados de alimentos nutritivos.
SBNMOZ: Quais são os desafios que enfrenta enquanto PME liderada por uma mulher em Moçambique?
AN: Ser mãe, esposa e empresária é uma grande responsabilidade. Enfrentei desafios como o custo elevado das embalagens, que são caras e difíceis de obter devido a conflitos e desastres naturais como o ciclone IDAI e a COVID-19. Além disso, as más condições das estradas dificultam o transporte.
SBNMOZ: Como é que a Rede SBNMOZ ajudou a encontrar soluções para alguns destes desafios?
AN: Através de formações, assistência técnica e financeira, bem como da participação em seminários internacionais. O ponto de viragem para a minha empresa foi o projeto Mercado de Alimentos Nutritivos da GAIN, que permitiu um crescimento significativo. Participar na comunidade de práticas do Marketplace desde 2014 tem sido essencial para melhorar a gestão e a qualidade da produção.
SBNMOZ: Tendo em conta o tema do Dia Internacional da Mulher deste ano, inspirar a inclusão, como é que a Rede está a apoiar a inclusão?
AN: Em vários eventos do SBN, há grande participação de mulheres, o que facilita a troca de experiências e networking. As mulheres são inovadoras e excelentes na divulgação de produtos.
SBNMOZ: Qual é o seu conselho para as PME lideradas por mulheres que estão a tentar obter reconhecimento e inclusão?
AN: Serem mais ativas, participarem em programas de formação, trocarem experiências, nunca desistirem de procurar conhecimento e implementarem o que aprendem para obterem o reconhecimento que merecem.